terça-feira, 30 de novembro de 2010

Estado de alerta!

Estou por aqui a pensar nas dezenas, centenas ou até mesmo milhares de estudantes que se encontram neste momento a passar grandes dificuldades... Por vezes, mais depressa temos consciência da pobreza que há no mundo, através das imagens que nos chegam pelos media, do que propriamente da pobreza que existe escondida muitas vezes dentro de "casa".
Ontem quando "ele" se aproximou de mim e me entregou uma carta pensei que seria um convite para um evento qualquer, mas não, era uma carta a relatar as suas dificuldades em continuar no ensino superior devido às dificuldades económicas. Mencionou que ainda nem sequer se matrículou este ano por não ter dinheiro para as propinas, que já tinha pedido para o pagamento poder ser realizado de forma mais faseada, mas até agora ainda não obteve respostas.
Disse que nos últimos tempos nem sempre pode vir a escola devido às despesas e que quando vem fica à mercê da caridade dos colegas, referindo ainda, não ter o instrumento principal para as aulas, um computador, facto este, que não lhe permite entregar os trabalhos a tempo, visto que, mais uma vez fica dependente dos computadores dos colegas.
Perante isto, afirmou que dia para dia se sente mais desmotivado e que o mais provável é ter que abandonar o ensino supeior pela falta de condições económicas.
Depois de ler isto não me sai da cabeça quantos Brunos, Anas, Martas e Migueis estarão nesta situação aqui mesmo...dentro da "nossa casa".

domingo, 21 de novembro de 2010

E se de alguma forma pudessemos ajudar?

É verdade que todos os dias se fala na crise, que centenas de imagens invadem os televisores alertando para a fome no mundo e que crianças soldado morrem todos os dias, mas quando vemos morrer os ideiais do nosso "bairro" sentimos de forma mais aguda a "nossa tribo" ameaçada.
Falo da Casa do Estudante de Beja, uma IPSS que tem os dias contados...O seu encerramento já foi anunciado para o final do ano, crianças serão entregues a outras instituições, talvez até mesmo separadas de amigos e irmãos. Mas a economia é assim, olha a números e não a rostos ou causas.
Funcionários ficarão sem emprego e Beja perde uma instituição de referência por onde passaram centenas de jovens...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Identidade e TIC

Numa das redes sociais que mais adesão tem em todo o mundo difundiu-se durante esta semana o desafio de todos os utilizadores alterarem a fotografia do seu perfil e substituindo-a com um boneco de desenho animado ou banda desenhada. Se no inicio a sua origem apareceu mais clara, informando que se tratava de uma iniciativa desencadeada por um jornalista português, horas mais tarde, ou até mesmo minutos, a informação que circulava atribuia a este efeito uma origem internacional e houve (há) até quem conteste o movimento sugerindo a sua possível relação com a pedófilia...
Este fenómeno, igual a tantos outros que ocorrem em todo o ciberspaço todos os dias, leva-nos a questionar acerca das reconfigurações individuais da(s) nossa(s) identidades(s) perante a afirmação da globalização e da comunicação.
Se pensarmos o ciberespaço como como espaço isento de atrito espacio-temporal facílmente imaginamos os diferentes fenómenos que nele podem ocorrer. O indivíduo passa a ser produtor e consumidor de conteúdos tornado-se um elemento fundamental na sua difusão e consequentemente globalizando representações cognitivas, relacionais, afectivas, sociais, etc.

Não só as noções de espaço e tempo se alteram, como as fronteiras, a intimidade, a cidadania, as ideologias, a sexualidade, entre outros, reconfiguram-se perante o processo de glocalização em que o indivíduo a partir da sua representação local apropria-se do global ficando suspenso no ciberespaço. Exprimentando a oscilação entre o local/global ,o índivíduo, fisicamente ausente, mas virtualmente presente, percorre a Rede em busca de informação, conhecimento e saber, à prucura de lazer, relações e afirmações.
A possibilidade de anonimato ou de um nickname e adopção de uma ou mais personalidades, que fora do ciberespaço não seriam possíveis, confere hoje às tecnologias de informação e comunicação um papel crucial na transformação da(s) identidade(s).
Esta expriência, não apenas de oscilação, mas também de hibridismo, é proporcionada pelo o acesso à imagem, escrita e video e pela mobilidade isenta de atrito-espacio temporal.
As comunidades, que antes se caracterizavam por situar-se num tempo preciso e num território físico, encontraram no ciberespaço um lugar (ou talvez não-lugar) de índivíduos nómadas, movidos pela busca de informação, de conhecimento, pela partilha e pertença.
À procura de si mesmo ou do outro o homem aboliu fronteiras, encurtou distâncias, viaja a um ritmo alucinante, defende, altera, mostra e esconde a sua identidade, sofrendo metamorfóses que nos caracterizam como uma verdadeira Sociedade da Informação.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A pensar...


..no prof. que no primeiro dia decorou o meu nome e me fez várias perguntas ao longo da sessão, no rapazito do ginásio que grita a puxar por mim quando o que eu mais desejava era que ninguém pusesse os olhos na minha celulite. A pensar nas afirmações expostas e às quais nem posso retorquir, nas entrelinhas que insisto em ler e reler talvez mesmo até onde não existem.....

Será mania da perseguição ou macumba???? :SSSSS